Fogo avança sem controle na Ilha do Bananal. Desde julho de 2024, já destruiu 420 mil hectares, quase dez vezes o tamanho da cidade de Curitiba.
Em meio à catástrofe, os animais lutam pela sobrevivência. Sem vegetação e água, um lobo-guará foi visto caminhando entre as cinzas. O veado bebeu água na mão do brigadista para não morrer de sede. O jabuti não resistiu.
Rios e lagos secaram e milhares de espécies de peixes morreram. Jacarés gigantes apareceram nas aldeias indígenas tentando se refugiar.
A Ilha do Bananal é formada pelo que especialistas chamam de “fauna compartilhada”, quando animais de biomas diferentes convivem no mesmo lugar. São bichos do Cerrado, da Amazônia e do Pantanal em uma espécie de corredor ecológico. Pesquisadores temem uma migração em massa das espécies. (JN)